ATA DA SEPTUAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 30-9-2004.

 


Aos trinta dias do mês de setembro de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Wilton Araújo. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Cláudio Sebenelo, Elói Guimarães, Isaac Ainhorn, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Sexagésima Quinta, Sexagésima Sexta e Sexagésima Sétima Sessões Ordinárias e da Trigésima Nona, Quadragésima, Quadragésima Primeira, Quadragésima Segunda, Quadragésima Terceira, Quadragésima Quarta, Quadragésima Quinta e Quadragésima Sexta Sessões Solenes, que foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Beto Moesch, o Pedido de Informações nº 151/04 (Processo nº 4742/04); pelo Vereador Cassiá Carpes, o Pedido de Providências nº 1891/04 (Processo nº 4763/04); pelo Vereador Cláudio Sebenelo, os Pedidos de Providências nos 1885 e 1887/04 (Processos nos 4737 e 4749/04, respectivamente); pela Vereadora Clênia Maranhão, os Pedidos de Providências nos 1892, 1893 e 1894/04 (Processos nos 4772, 4773 e 4774/04, respectivamente); pelo Vereador João Antonio Dib, os Pedidos de Providências nos 1890 e 1904/04 (Processos nos 4762 e 4791/04, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 1897, 1898, 1899, 1900, 1901, 1902 e 1903/04 (Processos nos 4783, 4784, 4785, 4786, 4787, 4788 e 4790/04, respectivamente); pelo Vereador Luiz Braz, o Pedido de Informações nº 152/04 (Processo nº 4779/04); pelo Vereador Sebastião Melo, o Pedido de Informações nº 1889/04 (Processo nº 4761/04). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 162597 e 162742/04, da Senhora Márcia Aparecida do Amaral, respondendo pela Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde; Comunicados nos 95598, 96162, 132626 e 134681/04 do Senhor José Henrique Paim Fernandes, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. A seguir, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, iniciando-se o GRANDE EXPEDIENTE, hoje destinado a assinalar o transcurso do centésimo nono aniversário do jornal Correio do Povo, nos termos do Requerimento n° 087/04 (Processo n° 2437/04), de autoria do Vereador Sebastião Melo. Compuseram a Mesa: a Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; o jornalista Carlos Alberto Bastos Ribeiro, Diretor Administrativo do jornal Correio do Povo; o Desembargador Vladimir Giacomuzzi, 1° Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul; a Senhora Lizete Freitas Maestri, representando a Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul; o Coronel Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul; a Capitã Maria Aparecida Pacheco, representando o 5º Comando Aéreo Regional - COMAR; o Tenente-Coronel Carlos Antonio Ferreira, representando o Comando-Geral da Brigada Militar; o Vereador João Carlos Nedel, 1° Secretário deste Legislativo. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Sebastião Melo, como proponente desta Sessão, enfatizando a presença constante e ativa do jornal Correio do Povo na divulgação e análise dos principais momentos da história gaúcha e nacional. Também, citando o nome do jornalista Armando Burd, saudou a equipe profissional que atua junto a esse veículo de comunicação, tecendo considerações acerca do papel representado pela imprensa no processo de concretização da democracia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Wilton Araújo ressaltou a importância dos cento e nove anos de vida do jornal Correio do Povo, como uma homenagem à independência e à coragem demonstrada pelos profissionais que integraram esse jornal ao longo de sua existência. Ainda, definiu a abrangência de conceitos como liberdade de imprensa, questionando a criação, pelo Governo Federal, de um Conselho Federal de Jornalismo. O Vereador Cassiá Carpes, asseverando ser a credibilidade marca registrada da filosofia de trabalho seguida pelo jornal Correio do Povo, abordou questões atinentes à divulgação de noticiários políticos pela imprensa gaúcha. Sobre o assunto, afiançou que as matérias publicadas por esse jornal não se submetem a redações sensacionalistas, mas são elaboradas com base na informação precisa e capaz de auxiliar a tomada de decisões pelos leitores. O Vereador Professor Garcia registrou a capacidade dos comentaristas e articuladores que integram o jornal Correio do Povo, destacando as figuras de Armando Burd, Denise Nunes, Flávio Alcaraz Gomes, Eduardo Conill e Hiltor Mombach. Também, afirmou que esses jornalistas evidenciam a versatilidade do Correio do Povo, cujo conteúdo abrange os mais diversos temas, sempre sob uma abordagem dinâmica, eficaz, consciente e responsável. O Vereador Haroldo de Souza manifestou-se acerca do significado, para um órgão de comunicação, de uma existência de cento e nove anos, declarando que essa longevidade só é possível com uma atuação embasada na credibilidade e responsabilidade empresarial. Ainda, parabenizou os Senhores Carlos Alberto Bastos Ribeiro e Eduardo Ribeiro, por viabilizarem a permanência desse periódico e a manutenção de sua filosofia de liberdade de imprensa, motivo de orgulho para os porto-alegrenses. O Vereador Reginaldo Pujol historiou as mudanças vivenciadas pelo jornal Correio do Povo, na busca de ajuste e adaptação às exigências da sociedade contemporânea, Finalizando, cumprimentou os administradores desse veículo de comunicação, mencionando que, apesar das dificuldades inerentes ao jornalismo escrito, esses profissionais souberam efetuar as adaptações necessárias, observando aspectos como independência e responsabilidade com relação ao conteúdo divulgado. O Vereador João Antonio Dib destacou que poucos jornais no mundo têm a idade do Correio do Povo, afirmando que esse periódico se caracteriza por registrar em reportagens fiéis e imparciais os acontecimentos do dia-a-dia. Ainda, elogiou a coluna do jornalista Flávio Alcaraz Gomes e ressaltou a confiança que os leitores gaúchos têm na veracidade das notícias publicadas pelo Correio do Povo, desejando ao jornal e aos seus colaboradores que continuem se aprimorando constantemente. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Helena Bonumá exclamou que o Correio do Povo ajudou a disseminar o hábito da leitura diária no interior do Estado, relembrando que o periódico inaugurou, na imprensa gaúcha, uma era de independência em relação à política partidária. Ainda, refletiu sobre a importância da liberdade de imprensa para a redemocratização da sociedade brasileira, tecendo considerações sobre as dificuldades enfrentadas pelo Correio do Povo ao longo de sua história. O Vereador Elói Guimarães argumentou que o jornal Correio do Povo serve como registro histórico do último século do Rio Grande do Sul e do Brasil, enfatizando o bom conceito e a credibilidade que esse periódico tem junto à opinião pública gaúcha. Também, aplaudiu a cobertura dada pelo Correio do Povo a diversos setores da sociedade, como política, economia e cultura, assegurando que o Município de Porto Alegre tem uma dívida de gratidão pelos serviços prestados por esse jornal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion elogiou a modernização do Correio do Povo com a disponibilização do seu conteúdo pela internet, considerando o jornal uma referência de imprensa democrática, imparcial e séria. Nesse sentido, discorreu acerca do crescimento do Correio do Povo durante seus cento e nove anos, apoiando os valores que regem as atividades do jornal e louvando as atitudes tomadas pela sua direção nos momentos difíceis de sua história. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Isaac Ainhorn frisou a importância da homenagem hoje prestada ao Correio do Povo pela Câmara Municipal de Porto Alegre, examinando a participação desse veículo de comunicação nos principais acontecimentos históricos do Rio Grande do Sul. Ainda, mencionou as dificuldades na edição de um jornal de grande porte, defendendo o destaque dado pelo Correio do Povo às atividades rurais e políticas de Porto Alegre e do Estado. O Vereador Ervino Besson lembrou que o Correio do Povo era lido por sua família em uma época na qual não se tinha acesso à luz elétrica e ao rádio, descrevendo o interesse que Sua Excelência tinha por esse periódico quando criança. Também, asseverou que o Correio do Povo, pela sua importância na vida de vários leitores, marcou a história do Rio Grande do Sul, salientando a justeza das comemorações do aniversário desse jornal pela Câmara Municipal de Porto Alegre. O Vereador João Carlos Nedel, cumprimentando o Vereador Sebastião Melo pela iniciativa da presente homenagem, declarou que a importância desse momento pode ser constatada pelas presenças registradas em Plenário na tarde de hoje. Ainda, exaltou o reconhecimento do jornal Correio do Povo aos trabalhos realizados na Câmara Municipal de Porto Alegre, citando como positivo os espaços disponibilizados nesse periódico para os Vereadores expressarem suas opiniões. O Vereador Cláudio Sebenelo mencionou nomes de colaboradores e colunistas do jornal Correio do Povo, como exemplo da competência e credibilidade que esse veículo possui junto aos leitores. Ainda, historiando a evolução jornalística do Correio do Povo ao longo dos anos, ressaltou qualidades que o diferenciam de outros jornais e teceu considerações a respeito dos serviços prestados à população por esse que é tido como o matutino de maior circulação do Estado do Rio Grande do Sul. Em continuidade, a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Carlos Alberto Bastos Ribeiro, que destacou a importância do registro hoje feito por este Legislativo, com referência ao transcurso do centésimo nono aniversário do Jornal Correio do Povo. Às quinze horas e cinqüenta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinqüenta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Às quinze horas e cinqüenta e nove minutos, constatada a inexistência de quórum, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Registro as presenças do Ver. Elói Guimarães, Ver. Raul Carrion, Ver. Ervino Besson, Ver. João Bosco Vaz, Ver. Haroldo de Souza, Ver. Sebastião Melo, Ver. Beto Moesch, Ver. João Antonio Dib, Ver. João Carlos Nedel, Verª Clênia Maranhão, Ver. Wilton Araújo, Ver. Professor Garcia, Ver. Luiz Braz, Ver. Guilherme Barbosa, Verª Helena Bonumá, Ver. Cassiá Carpes, Ver. Elias Vidal e desta Vereadora. Há quórum.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Srª Presidenta, conforme acordado com a Direção da Casa, com V. Exª e com as Lideranças, requeiro a inversão da ordem dos trabalhos, a fim de que possamos entrar, imediatamente, no Grande Expediente.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento de inversão da ordem dos trabalhos, de autoria do Ver. Sebastião Melo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Hoje, este período é destinado a assinalar o transcurso do 109º aniversário do jornal Correio do Povo, nos termos do Requerimento nº 087/04, de autoria do Ver. Sebastião Melo.

Com muito orgulho, convido para compor a Mesa dos trabalhos o jornalista Carlos Alberto Bastos Ribeiro, Diretor Administrativo do jornal Correio do Povo, figura maior nesta homenagem de Grande Expediente; o Desembargador Vladimir Giacomuzzi, 1º Vice-Presidente, Representante do Tribunal de Justiça; a Drª Lizete Freitas Maestri, Representante da Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Cel. Irani Siqueira, grande amigo desta Casa, Representante do Comando Militar do Sul; a Capitã Maria Aparecida Pacheco, Representante do 5º Comando Aéreo Regional, o COMAR; o Sr. Tenente-Coronel Carlos Antonio Ferreira, Representante do Comando-Geral da Brigada Militar neste Grande Expediente. Sejam todos bem-vindos a esta Casa.

O Ver. Sebastião Melo, proponente desta homenagem, está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Agradou-nos enormemente ter proposto esta homenagem que foi, de forma unânime, acolhida por esta Casa, Dr. Ribeiro. Ao homenagear o jornal Correio do Povo, nestes 109 anos, esta Casa está homenageando, na verdade, a democracia brasileira; está homenageando a liberdade de expressão, está homenageando a liberdade de pensamento.

O Correio do Povo, nesses 109 anos, se confunde com a história do Brasil e com a do Rio Grande. Se eu voltar à Velha República, passar pelo Estado Novo, chegar à ditadura militar, e, terminando a ditadura, vem a anistia, as Diretas, a Constituinte e tantos outros acontecimentos da história do nosso País, Ver. Guilherme, vejo que este Jornal fez parte desses processos.

Esta Casa, que representa a totalidade dos Partidos, mas que, acima de tudo, representa o povo desta Cidade, tem anualmente celebrado, Dr. Ribeiro, o aniversário do jornal Correio do Povo. E o faz com muita justeza, porque a sede do nosso Jornal está aqui em Porto Alegre. Esta Casa traduz o sentimento de milhares de porto-alegrenses que acompanham a vida deste Jornal, que se confunde com a história desta Cidade, deste Estado.

Especialmente no momento em que a democracia brasileira precisa se afirmar - e democracia não é o direito de votar e ser votado, democracia não é o direito do cidadão de chegar a uma praça e falar o que quer; a democracia se afirma quando ela tem uma sustentação mínima de dignidade para cada cidadão -, a imprensa, mais do que nunca, cumpre um papel fundamental.

Há vários pilares sobre os quais a democracia se sustenta, e um deles é a liberdade de imprensa. Não há democracia sem contraditório, não há democracia sem liberdade de imprensa. E o nosso Correio do Povo, que é um jornal independente, um jornal que se pauta pela boa ética, pela causa justa, em que todos têm o direito de expressão, sejam eles dos mais diversos matizes, tem uma composição extraordinária de colunistas e jornalistas. Eu poderia citar muitos, mas destaco o editor político, essa figura extraordinária, magnífica, chamada Armando Burd.

Talvez, Dr. Ribeiro, demais jornalistas e funcionários do Correio do Povo, o nosso jornal ainda se dedique um pouco às coisas da nossa Cidade. Nós sabemos que havia uma cobertura maior, não da Câmara, não do trabalho do Vereador, mas do exercício da Vereança, porque isso traduz cidadania. Mas o Correio talvez seja um dos poucos jornais que ainda reservam um certo espaço para que a gente possa traduzir não o desejo pessoal do Vereador, mas as angústias de uma Cidade que pulsa, dia a dia, por demandas justíssimas que, muitas vezes, não têm espaço na própria imprensa.

Então, nós queremos, aqui, em nome da nossa Bancada, do PMDB - o Ver. Haroldo talvez vá usar também o espaço desta tribuna -, dizer, com muita alegria, que esta não é só uma homenagem de nossa proposição, é uma homenagem da Casa que nós fazemos com muito gosto, com muita alegria.

Portanto, nós queremos cumprimentar a Direção desta empresa, o seu corpo funcional, a todos os jornalistas e a todas as jornalistas, a todo esse elenco de pessoas que formam o jornal Correio do Povo, que formam a sua história. Homenageamos também a todos que, ao longo dos 109 anos - e muitos deles já não estão mais na caminhada terrena -, construíram este grande e extraordinário patrimônio do povo brasileiro, do povo rio-grandense e do nosso povo de Porto Alegre.

Parabéns ao jornal Correio do Povo, parabéns ao Dr. Ribeiro e parabéns a todos os funcionários e jornalistas dessa grande empresa. Muito obrigado, Srª Presidente. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O PPS se faz presente nesta homenagem, embora não estando entre aqueles que teriam o direito de falar no Grande Expediente, por inscrição previamente estabelecida por esta Casa, e por isso pedimos o tempo de Comunicação de Líder, porque achamos absolutamente importante registrar e marcar a passagem dos 109 anos do Correio do Povo. A homenagem ao Correio do Povo acontece todos os anos, sim, mas aquilo que acontece todos os anos deve ser para reafirmar coisas importantes, basilares, hoje, na vida democrática deste País.

Certamente o jornal Correio do Povo foi testemunha de muitos momentos nos seus 109 anos: momentos bons, não tão bons assim, maus, obscuros muitas vezes, outros cheios de luz, de alegria, em que a comunidade e a sociedade estavam exercendo o seu pleno direito e, a partir daí, todas as coisas aconteceram. Pois o ponto que defende a Bancada do PPS, a qual represento aqui e que tem também como integrante a Verª Clênia Maranhão, é exatamente a questão da liberdade de imprensa.

Um jornal que chega aos 109 anos e que hoje expressa que espera que muita liberdade, principalmente a de imprensa, deve ser preservada, vê estarrecido, certamente como esta Casa viu, a tentativa e a vontade do Governo Federal de estabelecer controles, por meio de mecanismos que, com certeza, vão - e se assim não houver a reação suficiente da sociedade - controlar o livre exercício profissional dos jornalistas, e, certamente também vão influenciar - mais do que já é influenciada - a imprensa nacional, com mecanismos de controle, por um lado dos seus jornalistas, e, por outro lado, das grandes e polpudas verbas que os Estados – e quando dizemos os Estados, estamos falando do Governo Federal, do Governo Estadual e do Governo Municipal - têm em suas mãos para oferecer como mídia para a imprensa. Então, esses são mecanismos que estão aí, e mais esse, o do controle dos jornalistas; parece-me que seria demais, parece que estaríamos avançando na liberdade de imprensa, ainda tênue, por causa dessas coisas difíceis de serem explicadas em âmbito nacional, mas que todos nós sabemos que existem.

Nós nos rebelamos contra essa realidade e contra a intenção do Governo Federal de colocar mais um grilhão na profissão do jornalista e mais um grilhão na imprensa. Tenho certeza - e sou testemunha disso – de que o jornal Correio do Povo vive os seus 109 anos independentemente. E, por isso, esta Casa e o povo da cidade de Porto Alegre assim fazem esta homenagem. Mas, mais do que isso, a homenagem é para reafirmar a independência e a vontade que o jornal Correio do Povo tem e sempre teve, e, Oxalá, continue tendo, de independência total de todos os Poderes para que a imprensa possa ser, sim, um fiscal eficiente, eficaz, da sociedade.

Então, recebam da Bancada do PPS e do povo desta Cidade, esta homenagem, que significa, sim, uma grande responsabilidade. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, não poderia ficar fora desta homenagem aos 109 anos do jornal Correio do Povo. Este Vereador, como Líder da Bancada, o Ver. Elói Guimarães, o Ver. Elias Vidal e todo o nosso Partido na Capital e no Estado desejam ao Correio do Povo, nestes 109 anos, muita força de expressão, de opinião, que são tão necessárias para o Rio Grande.

O Ver. Sebastião Melo também comentou aqui sobre a liberdade de expressão, a ética, o posicionamento do Correio; e eu quero enfocar a credibilidade do Correio. O Correio do Povo, para nós, é uma referência, e o Rio Grande tem a tradição de jornais com referências fortes. E eu quero aproveitar a oportunidade e citar, por exemplo, o nome do nosso amigo Burd, na área política, e, na área esportiva, da qual eu sou oriundo, o Mombach.

Portanto, o Correio do Povo tem uma plêiade de grandes jornalistas com posições claras, objetivas; tem uma linha que enobrece a imprensa gaúcha. O Correio, portanto, com a sua credibilidade, principalmente no momento em que a política precisa de coisas sérias, em que a imprensa brasileira precisa de notícias concretas, não-sensacionalistas, ele tem aquilo que é mais necessário para que todos nós possamos nos estabelecer em qualquer atividade, que é a credibilidade.

Portanto, a Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, nesta Casa, se solidariza com o Ver. Sebastião Melo nesta homenagem aos 109 anos do Correio do Povo, e deseja que ele continue nessa linha importantíssima de informação, principalmente para nós, na parte da manhã, no que se refere à informação precisa, à informação de seus leitores, com a sua credibilidade, pois é um Jornal com uma linha que nos dá a noção necessária da qual precisamos todas as manhãs, ou seja, ler o Correio do Povo e sentir, ali, que alguma coisa está acontecendo na nossa Cidade, no nosso Rio Grande, no nosso Brasil, com uma informação precisa e com credibilidade.

Jornalista Carlos Alberto Bastos Ribeiro, a Bancada do PTB deixa a todos um abraço muito forte e agradece pela informação, pela credibilidade, pela forma com que o Correio trata das questões políticas, questões essas que nós, nesta Casa, debatemos. Desejo a vocês muitos anos mais, porque o Correio o Povo tem para nós, principalmente nós que viemos do Interior, uma informação precisa, exata e que vem na hora certa para nos balizarmos as nossas opiniões e tomarmos conhecimento daquilo que acontece em Porto Alegre, no Estado, no Brasil e no mundo.

Um abraço nosso, um abraço da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço ao Ver. Cassiá Carpes.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Nós queremos parabenizar o Ver. Sebastião Melo por essa iniciativa de podermos comemorar, nesta Casa, os 109 anos do Correio do Povo.

Já foi falado aqui pelos Vereadores que me antecederam, sobre a forma de atuar do Jornal, dos seus editores. Eu quero acrescentar que o jornal Correio do Povo é daqueles jornais que tem uma informação precisa e uma informação na qual, pelo que está posto, nós podemos acreditar.

Nós podemos também dizer que, pelo seu formato, é um Jornal de leitura fácil, é dinâmico, abrangente e consegue, pelo seu poder de síntese, traduzir tudo aquilo que nós queremos ler.

Entre os seus articuladores, os seus comentaristas, queremos ressaltar uma figura que foi também elogiada pelos colegas que me antecederam, o Jornalista Armando Burd, que, no seu quadro Panorama Político, consegue muito bem, de uma forma eficaz, dar o contraponto e até pautar, muitas vezes, assuntos aqui nesta Casa. Eu tenho certeza de que essa é uma das colunas mais lidas no nosso Estado do Rio Grande do Sul. Também podemos falar do Panorama Econômico, da Denise Nunes: fácil, simples, mas que também nos dá aquelas informações necessárias; o Flávio Alcaraz Gomes diariamente coloca um pensamento, uma nota, algo simples que nos faz, muitas vezes, voar e flutuar pela maneira como está escrito; o Eduardo Conill, escreve sobre a parte da sociedade; o Hiltor Mombach, do desporto. E falando nesses, nós podemos expressar a versatilidade do jornal, que consegue falar de política, consegue abordar a questão social, a questão econômica, a questão desportiva. Então, Jornalista Carlos Aberto Bastos Ribeiro, receba, em nome do nosso Partido, o Partido Socialista Brasileiro, o nosso carinho e reconhecimento. Um jornal que tem 109 anos e que foi, na sua história inicial, galgado na família e continua ainda hoje galgado na família, com uma outra família, consegue levar à sociedade do Rio Grande do Sul a informação, cedo, porque é um jornal que é rodado e distribuído em outros municípios simultaneamente. Parabéns por esta iniciativa, Ver. Sebastião Melo, e parabéns ao jornal Correio do Povo. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.           

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Exma Srª Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ele é pequenininho, mas é valente, e como é valente este jornal Correio do Povo!

Cento e nove anos é uma existência de glórias da imprensa nacional. Chegar aos 109 anos deve-se creditar à credibilidade de um órgão de comunicação. E o Correio do Povo é tudo isso, sim. É um jornal feito para quem é dinâmico, para quem é rápido, para quem não pode perder tempo, para quem é direto na vida!

O jornal Correio do Povo deve muito à família Ribeiro. Sendo um patrimônio da imprensa brasileira, o Correio do Povo não poderia simplesmente desaparecer, e os irmãos Carlos e Renato abraçaram o velho Correio de guerra, para fazer dele um jornal que orgulha Porto Alegre e orgulha o Rio Grande.

Eu, que convivo o dia-a-dia desse jornal, falo de boca cheia do meu orgulho em saber de que forma ele é feito. É um trabalho quase que artesanal, buscando servir à coletividade rio-grandense da forma mais transparente possível, exagerando até, mas convicto de que seu caminho é o da imparcialidade e da correção, o que lhe dá o título de jornal de maior credibilidade no Estado, ao longo dos tempos.

De Hiltor Mombach e sua trepidante e discutida coluna esportiva, ao Armando Burd com a sua política, o Correio é recheado de notas rápidas e editoriais que falam da cara da Cidade, do Estado e do nosso País.

Em nome do PMDB, em nome da Cidade e em nome do Estado, o nosso muito obrigado a Carlos e a Renato Ribeiro, que pegaram o "touro à unha" e devolveram ao Estado esse jornal que é o orgulho de todos nós, pois é um sustentáculo da imprensa livre, e que vai continuar livre para o engrandecimento do nosso povo e de nossa gente. Mais uma vez, parabéns grande, velho e guerreiro jornal Correio do Povo. (Palmas)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É evidente que o Partido da Frente Liberal não poderia silenciar no momento em que a Casa utiliza seu Grande Expediente para homenagear, quando dos seus 109 anos de existência, o glorioso jornal Correio do Povo, veículo que tem, ao longo do tempo, centenário que é, sabido ajustar-se às novas realidades que a sociedade e seu contexto impõem àqueles que querem perenizar-se no tempo.

É verdade, o velho róseo hoje é um jornal que soube se encolher para ganhar consistência, e, ganhando consistência, primar pela objetividade, assegurando uma informação direta a seus leitores, que não são poucos: encontram-se na casa dos milhares, espalhados pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e pelo país todo.

Por isso é claro que, mesmo num período em que a quase totalidade das Casas Legislativas encontram-se semiparalisadas, se não paralisadas, esta Casa esteja aqui com uma grande presença, com mais de dois terços de seus integrantes comparecendo a este ato, eis que absolutamente coerente com a nossa proposta de reconhecer aquelas entidades, aquelas empresas, aqueles formadores de opinião pública que constituem fundamento essencial para o desenvolvimento econômico-social do nosso Município.

O jornal Correio do Povo, indiscutivelmente, tem, ao longo desse tempo todo, acompanhado essas nuanças do crescimento e do desenvolvimento da nossa Cidade. Primeiro, quando nasceu forte, independente, posicionado diante de um quadro que, naquele século, se caracterizava pelo partidarismo, firmando a sua posição de independência e a tem mantido ao longo de toda a sua história, o que o faz coerente com os princípios de seus fundadores, aqueles que, no século passado, há 109 anos, haveriam de constituí-lo. Vivendo as dificuldades que o jornalismo escrito tem vivenciado nas últimas décadas, soube, há algum tempo atrás, já sob o comando de Renato Ribeiro, compreender essa nossa situação.

E o velho róseo com aquelas páginas longas, aquelas reportagens mais próprias para revistas do que para periódicos diários, haveria de transformar-se num informativo seguro, em que a objetividade é buscada de todas as formas e de todas as maneiras, e em que constatamos uma informação absolutamente fidedigna, clara, e que não permite sequer contestação pela forma correta com que ela é realizada. Agora mesmo, neste período pré-eleitoral, impressiona que mais uma vez tem sido o jornal Correio do Povo aquele que, pelo seu organismo de pesquisa, tem captado todas as nuances que o processo político tem vivenciado na nossa Cidade, com correção, mantendo uma tradição, aliás, que já tem-se firmado nos outros pleitos.

Por isso, como Líder do Partido da Frente Liberal, eu sinto muito orgulho em poder, neste dia, na véspera do 1º de outubro, um dia que, sabe o Dr. Carlos, é muito familiar para mim, trazer o meu abraço e, sobretudo, a reafirmação da admiração que todos nós liberais temos para um órgão que faz imprensa com seriedade, com independência e com correção. Leve ao grande comandante da Empresa, o Dr. Renato, a toda a sua equipe de colaboradores, leve, enfim, àqueles que têm sustentado o Correio do Povo durante toda a sua trajetória, a homenagem do PFL, da Câmara de Vereadores e daqueles que sabem reconhecer quando um órgão é coerente com os seus objetivos, e isso tem sido alcançado com grande competência por aqueles que comandam, nos dias de hoje, esse veículo tão caro às tradições do Rio Grande, que soube modernizar-se para, modernizado, sobreviver e continuar informando bem a opinião pública do Rio Grande do Sul.

Muito obrigado a Vossa Excelência, Srª Presidente, por ter tolerado um pequeno acréscimo no meu tempo, e meus cumprimentos, Dr. Carlos, ao senhor, aos seus familiares, aos seus companheiros de trabalho por este trabalho exitoso e continuado, realizado neste pequeno grande Jornal, que se torna grande pela boa informação que traz e não pelo tamanho das folhas em que ele é inserido. Meus cumprimentos.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O jornal Correio do Povo de amanhã, 1º de outubro, poderia ostentar no seu frontispício: “Século II, Ano X, nº 1”. Quantos jornais neste País ou no mundo poderiam fazer a mesma coisa? Muito poucos. Mas, sobretudo, um jornal como o Correio do Povo, que completa 109 anos, diz o que foi o Correio do Povo, o que é o Correio do Povo e o que será o Correio do Povo. Ele tem sido um registro fiel - sobretudo fiel e imparcial - dos acontecimentos da nossa Cidade, do nosso Estado, do nosso País e do mundo.

Quando o Flávio Alcaraz Gomes reiteradas vezes escreve na sua coluna, na página 4: “Deu no Correio”, é aquilo que eu me acostumei a ouvir desde criança: deu no Correio, então é certo; não há problema, não precisa pesquisar; é verdade. O Correio do Povo realmente procura a notícia, trazendo uma informação tranqüila, segura para que o seu leitor esteja sempre bem informado.

No seu primeiro editorial, o Correio do Povo se propunha a manter-se como um órgão popular, noticioso, literário, comercial, e, acima de tudo, independente, subordinando-se marcadamente às aspirações do bem comum. E essas aspirações do bem comum evidentemente deveriam ser as mesmas de todo homem público.

E é por isso que o Correio merece a nossa confiança e vai continuar merecendo-a exatamente pelo seu passado e pelo seu presente.

Em nome do meu Partido, o Partido Progressista, desejo ao Correio do Povo que continue a sua caminhada da forma como a tem feito até agora, e desejo a todos os seus colaboradores - desde aquele que nos recebe, abrindo-nos a porta para que entremos nas salas, na redação, no elevador da sede do Correio do Povo -, felicidades e que continuem fazendo com que esse jornal seja cada dia maior, para que quando disserem “deu no Correio”, nós saibamos que o fato é exatamente aquele como foi noticiado. Vida longa ao Correio do Povo. Saúde e PAZ! (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Helena Bonumá está com a palavra em Grande Expediente.

 

A SRA. HELENA BONUMÁ: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, nós trazemos a nossa homenagem, o nosso abraço ao Correio do Povo pelo seu aniversário. Sem sombra de dúvida é pertinente que esta Casa marque esta data como uma homenagem ao debate democrático que pelas páginas do Correio do Povo, ao longo da sua história, tem-se feito.

Eu, provavelmente, pertenço, posso dizer, a uma geração que aprendeu a ler jornal, lendo o Correio do Povo, na condição de interiorana. O Correio do Povo chegava no Interior do Estado, e a gente lia - evidentemente, líamos o jornal do dia anterior. Mas era um jornal grande, e o meu pai sempre foi assíduo assinante do Correio do Povo. Eu acho que podemos dizer que somos de uma geração que aprendeu a ler jornal lendo o Correio do Povo; nós, gaúchos, porque foi o jornal que se generalizou pelo Estado, e era essa a nossa idéia de jornal. Era o que chegava em todos os lugares do Interior do Rio Grande do Sul, como na minha Cidade; eu sou de Júlio de Castilhos.

Bem, tínhamos o suplemento literário uma vez por semana, que também cumpria um papel importante para o debate cultural, por estar trazendo a literatura, a poesia, o comentário sobre artes, sobre cultura, e possibilitava que isso fosse acessível ao conjunto da população que tinha acesso ao jornal.

Então, sem sombra de dúvida, o Correio cumpriu um papel importante, desde a sua fundação quando ele surgiu como esse jornal que inaugurava, então, a independência em relação às composições político-partidárias do Estado, abrindo, inaugurando uma nova forma de imprensa, e, também, pela sua abrangência no Estado do Rio Grande do Sul, cumprindo esse papel de democratização da informação e esse papel de democratização do debate sobre literatura e cultura.

Bem, a nossa sociedade mudou muito, tornou-se muito mais complexa nesses 109 anos de existência do Correio do Povo, e nós passamos a ter outros meios de comunicação mais sofisticados, como a televisão, e mesmo, hoje em dia, já a própria televisão a cabo, e que estão traduzindo toda uma nova linguagem de relação com a comunidade, mas que, de jeito nenhum, substituem o jornal. E eu acho que nós, que queremos uma sociedade democrática, temos de preservar os nossos jornais. E mais: nós, na condição de sociedade democrática, também entendemos que não há neutralidade, mas que uma sociedade democrática tem de ter, sim, instrumentos de veiculação das opiniões, e, principalmente, tem de ter, do ponto de vista da imprensa, veículos que traduzam a riqueza do debate que a sociedade faz, a riqueza da diversidade da nossa sociedade.

Eu acredito que uma imprensa é forte, é enraizada no seu povo, na medida em que ela consegue traduzir essa riqueza, essa diversidade de opiniões, esses anseios do seu povo. E o jornal Correio do Povo, na sua trajetória histórica, na condição de veículo da imprensa, é o que mais se aproxima desse processo.

Então, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, nós queremos trazer, aqui, a nossa homenagem ao aniversário do jornal Correio do Povo.

Nós entendemos que é um desafio manter um veículo de comunicação, manter um jornal, porque um jornal não se mantém, apenas e simplesmente, do ponto de vista dos seus investimentos financeiros, da sua tecnologia, do trabalho de quem o constrói no cotidiano; um jornal se mantém na medida em que ele dialoga com as aspirações concretas do povo que ele procura informar e com o qual ele procura trocar as notícias e as informações sobre a vida no seu cotidiano.

Eu entendo que quando o jornal se sintoniza com esse desafio, ele tem sucesso. Na verdade, é uma via de duas mãos. E é no esforço de construir uma sociedade democrática que nós queremos afirmar, sim, a nossa luta permanente sobre o direito de liberdade de imprensa, a nossa luta permanente sobre o direito da liberdade de opinião, porque estes são os fundamentos de uma sociedade democrática, bem como a luta permanente para que todos os segmentos da sociedade possam ter acesso à divulgação das suas idéias. Esses são os desafios permanentes de um veículo de comunicação, de um órgão de imprensa.

Portanto, nós, aqui, que estamos comemorando os 109 anos do jornal Correio do Povo, em Porto Alegre - que é uma Cidade que se tem caracterizado, no mapa do mundo, nos últimos anos, pela experiência democrática que realiza, que tem sido distinguida pelo mundo, pela experiência de gestão democrática e participativa da sua comunidade, em parceria com o Governo Municipal -, podemos dizer que, sim, aqui tem um povo cidadão, que é cioso dos seus direitos e que, ao longo da sua história, tem sido construtor de direitos. E um dos direitos básicos para uma sociedade democrática é o direito de acesso à informação. Portanto, nós valorizamos o trabalho e a trajetória do jornal Correio do Povo como um dos veículos que tem buscado, a partir do seu trabalho, aproximar-se da comunidade com esse propósito. Longa vida ao Correio do Povo, bom trabalho a todos vocês e a nossa homenagem em nome do Partido dos Trabalhadores! Obrigada. (Palmas.)

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Haroldo de Souza.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Devo, inicialmente, agradecer ao meu companheiro de banco parlamentar, o eminente Ver. Haroldo de Souza, que me cede o tempo para rápidas reflexões sobre esta efeméride, sobre a importância do homenageado: o histórico e secular jornal Correio do Povo. Cento e nove anos de existência fecunda, produzindo, construindo, opinando, interagindo no cotidiano da história do Rio Grande do Sul.

Falar, senhores e senhoras, nos feitos, nas realizações, na trajetória do Jornal, em curto espaço de tempo, por certo deixaríamos de dizer muito. Mas se alguém quiser conhecer a história deste último século do Rio Grande e do Brasil, pegue o jornal Correio do Povo, não só pela sua natureza de diário, registrando o dia-a-dia dos acontecimentos, mas também pelas opiniões, pelos pareceres, pelos enfoques, pelas crônicas que vem produzindo ao longo da história, sem nunca deixar envolver-se e sem perder o seu norte, a sua linha de credibilidade. Se há um jornal, neste País, que tem quase que uma marca, junto à sua denominação, de credibilidade, já firmado conceito da opinião gaúcha, é o Correio do Povo, é a Empresa Caldas Júnior. E o tripé da mídia - escrita, falada e televisionada - tem exatamente o jornal Correio do Povo como instrumento básico e fundamental a assentar todo o seu desenvolvimento.

Então, Dr. Carlos Ribeiro, este é, para a Casa, um momento de grande regozijo: ter a oportunidade de poder cumprimentar o jornal Correio do Povo por tudo que já produziu, pela informação, pela opinião, pela história que vem contando.

Não conheço melhor diário, melhor informação do dia-a-dia do que a informação desse jornal. O jornal Correio do Povo foi, é, e continuará sendo esse verdadeiro radar a recolher informações em todas as áreas do conhecimento, em todos os setores de atividade de relação: social, política, econômica, cultural. O jornal Correio do Povo, portanto, é esse grande radar ligado 24 horas, recolhendo as imagens, recolhendo e produzindo opiniões. O Jornal interage na relação social, opina, diz o que pensa e é permanentemente um grande informante dos acontecimentos vários do nosso Estado e da nossa Cidade, e, de resto, do País.

Portanto, quando o Correio do Povo colhe mais uma abóbora na lavoura da sua existência, ele, que tem uma conotação rural, que traz a questão rural como ninguém, historicamente, é motivo de regozijo para a Casa, é motivo de homenagem.

E a homenagem que a Casa presta, nesta tarde, o faz em nome da Cidade. Não são os Vereadores; os Vereadores são apenas instrumentos da vontade popular. Quem quer agradecer ao jornal Correio do Povo é a cidade Porto Alegre, porque a cidade de Porto Alegre, o Estado do Rio Grande do Sul recebem, diariamente, em sua casa, no clarear do dia e no cantar do galo, o jornal Correio do Povo; líder de tiragem. E nisso não vai nenhuma crítica, nenhuma balança com relação a outros grandes órgãos da comunicação que nós possuímos; não, absolutamente não. Mas é o jornal Correio do Povo que vem, sinuelo que é da comunicação escrita, repontando em tiragem hoje no Rio Grande do Sul pelo seu caráter de fidelidade à história gaúcha, pelo seu caráter, enfim, de credibilidade.

Portanto, Correio do Povo, dirigentes, funcionários, jornalistas, tantos aqui mencionados - nem vamos mencionar para não cometer aqui nenhuma injustiça -, os funcionários dos seus mais diferentes setores, inclusive aqueles que estão lá nos rincões perdidos do Rio Grande para lá entregar o Correio aos leitores, é um momento importante para esta Casa, que tem a oportunidade de, em nome da Cidade, abraçar, saudar e desejar ao jornal Correio do Povo que continue assim: brilhante, formando, criando, opinando, e, de resto, instruindo para o futuro do nosso Estado e das nossas gerações. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço a manifestação do Vice-Presidente desta Casa, Ver. Elói Guimarães.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É com enorme satisfação que, em nome do PCdoB, homenageamos o transcurso dos 109 anos do jornal Correio do Povo. Há 109 anos o jornal Correio do Povo vem informando e formando leitores por esse Rio Grande afora, e, agora, com o advento da Internet, pelo mundo afora. O jornal Correio do Povo é uma referência da imprensa democrática, imparcial e séria no nosso País. É impossível pensar em credibilidade da notícia sem pensar no jornal Correio do Povo. É impossível falar em seriedade, comprometimento com a verdade, sem falar nesse Jornal. É impossível tratar do desenvolvimento do Rio Grande do Sul sem reconhecer sua enorme contribuição.

Naquele longínquo 1º de outubro de 1895, o seu fundador, Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior, nem mesmo em seus sonhos mais otimistas poderia imaginar a longevidade e, sobretudo, a importância do Correio do Povo para o Rio Grande do Sul. O Correio do Povo retribui a fidelidade dos seus leitores com seriedade, competência, informação e imparcialidade. O que não é pouco em tempos em que, muitas vezes, esses valores não são respeitados. Expressão disso, inclusive, é a credibilidade da sua cobertura, prezado Carlos Ribeiro, dos processos eleitorais, com especial destaque para suas pesquisas eleitorais, como já ficou demonstrado em outros anos.

Isso tudo não é fruto do acaso. Decorreu de toda uma história de independência, de descomprometimento partidário e respeito à sociedade e ao leitor. Isenção que nunca se confundiu com falta de opinião ou falta de linha editorial, mas que sempre respeitou a pluralidade de idéias e de posições, sem nunca abdicar da coragem cívica de discordar dos poderosos do momento. Talvez, inclusive, porque, com sua longa trajetória, mais do que centenária, sabe quão fugaz é o poder. Assim, no período autoritário, não abandonou a defesa da liberdade. Em tempos de globalização excludente não se dobrou ao pensamento único neoliberal. Hoje é uma voz determinada na luta por um novo projeto de nação com desenvolvimento, emprego e inclusão social.

Mas nem sempre o Correio do Povo navegou em águas tranqüilas. Nos 109 anos de sua existência enfrentou muitas turbulências. Não foram poucos os desafios e as dificuldades, nem pequenos os adversários por ele desafiados. Mas por maiores que tenham sido as dificuldades e os desafios, nunca se distanciou nem se divorciou das diretrizes iniciais, traçadas em seu primeiro editorial, de respeito à ética e ao leitor. E assim, dia a dia, edição a edição, nesses 109 anos, o Correio do Povo foi construindo a sua história, interligando-a à história do povo gaúcho.

Por tudo isso, desejamos, em nome do Partido Comunista do Brasil, uma longa vida ao Correio do Povo, para que ele continue a sua trajetória vitoriosa já incorporada ao patrimônio mais caro do povo gaúcho. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Srª Presidenta desta Casa, Verª Margarete Moraes, meus colegas Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Esta Casa, anualmente, não abre mão do reconhecimento e do registro da passagem do aniversário do Correio do Povo. E isso é muito importante, porque o Legislativo Municipal é a representação política da Cidade, e a Cidade é o local onde os fatos e as coisas efetivamente acontecem.

O Estado e a União são entes que têm uma natureza mais abstrata do que a concretude da Cidade que vive e que pulsa no seu dia-a-dia em cada uma delas, e é por isso que hoje nós estamos aqui para relembrar o 109º aniversário do jornal Correio do Povo, uma instituição do Estado do Rio Grande do Sul, em que repousa a própria história do Rio Grande, nestes mais de 100 anos, conquanto ela acompanha, ela se confunde com a história do jornal Correio do Povo - na Revolução de 1923, na Revolução de 1930, no Golpe de Estado de 1964, na Legalidade, fato da maior importância na vida política do Estado e do País. O jornal Correio do Povo sempre esteve presente, e essa presença na vida e na história do nosso Estado e da nossa Cidade, é uma constante nesse jornal, que não é mais tão-somente uma empresa, é, sem sombra de dúvida, uma instituição do nosso Estado, Sr. Desembargador. Sem a presença desse jornal, dessa instituição, não se vive o dia-a-dia da Cidade, a vida do Estado.

A ausência de algum tempo desse jornal, do Correio do Povo, deixou o Rio Grande carente e órfão de uma sociedade plural e democrática, porque a existência de vários jornais é fundamental, e a existência de um jornal centenário é mais do que fundamental, é essencial para a vida das instituições políticas, econômicas e sociais da nossa Cidade, do nosso Estado, e do nosso País para o registro do dia-a-dia.

Não há produto intelectual e produto empresarial também - e não se pode ignorar essa natureza de um veículo de comunicação - mais difícil de ser construído do que um jornal, porque ele se renova no dia a dia, porque cada edição, embora ela já tenha uma estrutura organizacional e metodológica de colunas, de setores, de áreas específicas, ela tem de ser renovada diariamente. E lá se vão, desde o diretor do jornal, até o mais modesto funcionário da redação e da estrutura toda, construir um produto diário, que resulta na presença do jornal, não só na madrugada de Porto Alegre, inclusive a própria tecnologia hoje proporcionou que ele esteja na cidade de São Borja, Itaqui, Carazinho ou São Sepé no mesmo momento em que eu, no coração de Porto Alegre, recebo o jornal Correio do Povo, porque uma das unidades se localiza lá, e ele é recebido no mesmo momento, na manhã, quase madrugada, e isso faz com que seja um produto altamente diferenciado.

Eu poderia me estender muito mais para falar do jornal Correio do Povo, sobre a sua presença no cotidiano da vida da Cidade, nas comemorações, nas festividades. A ênfase, por exemplo, é que ele dá importância, não em um caderno semanal, mas diário - até por este ser um Estado que tem a base da sua economia na atividade primária -, de uma página que é dedicada à atividade rural, à atividade dos agribusiness, à atividade da economia primária, e lá nós vamos diariamente colher as informações de um dos pontos essenciais e vitais da economia do Rio Grande.

Eu registro anualmente, por exemplo, e recentemente ocorreu, a festa da Expointer, marco na vida do nosso Estado. Anualmente, o jornal Correio do Povo promove e registra os vencedores e estimula, com a sua atuação, com a sua divulgação, com o seu incentivo, com a presença permanente, uma casa do jornal Correio do Povo na Expointer; a presença desse jornal, dessa estrutura toda, participando do cotidiano da Cidade. E lá nós tivemos, na última festa da Expointer, a presença de autoridades, de produtores rurais, de Ministros, do Sr. Governador, o que revelou a importância dada a essa atividade e ao nosso jornal, o Correio do Povo.

Encerro, Srª Presidente, apenas fazendo mais uma reflexão a respeito da importância desta Casa para a vida da Cidade, da Capital do Estado do Rio Grande do Sul que são, diariamente, registradas nas páginas do Correio do Povo, porque a Capital e a vida política são registradas na página 3, no Correio do Povo, que é a coluna do Armando Burd; na página 4, um colunista do talento de Flávio Alcaraz Gomes, diariamente circunscrevendo aquelas linhas, mas com um alto poder de síntese, registrando algo da vida do cotidiano, seja da vida da Cidade, do Estado, do mundo. E assim, um a um, os fatos do esporte, da economia, da vida social com Eduardo Conill, e tantos outros cronistas que, diariamente, estão nas páginas do jornal Correio do Povo.

Por isso, esta Casa e nós, como representantes do Legislativo Municipal, Srª Presidente, nos sentimos orgulhosos, Dr. Carlos, de prestar este reconhecimento e esta homenagem ao Correio do Povo por ocasião de seu 109º aniversário.

Poderíamos, por final, apenas dizer: vida longa ao Correio do Povo, sem interrupções, porque ele é essencial, é fundamental na vida do nosso Estado! Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. João Bosco Vaz.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Estava comentando há pouco com o meu colega, o Ver. João Antonio Dib, sobre uma dúvida: se o jornal Correio do Povo é um dos jornais mais antigos do nosso Rio Grande. Eu acho que é.

Quero também cumprimentar e agradecer ao meu colega Ver. João Bosco Vaz, que me cedeu o seu tempo. Ele também tem um carinho muito fraterno, muito cordial pelo nosso Correio do Povo. Cento e nove anos de relevantes serviços prestados à nossa sociedade gaúcha.

Eu sou oriundo de família imigrante da Itália. Meus avós construíram uma moradia em Casca, no Interior, e o nosso contato, meu caro Diretor, com a cidade e com parte do mundo era através do Correio do Povo. Nós não tínhamos luz elétrica, não tínhamos rádio; mas, uma vez por semana, nós recebíamos o Correio do Povo. Grande Correio do Povo! E, nesse dia, quando chegava o jornal para os meus queridos avós e meus queridos pais, nós, pequenos, queríamos saber algo do nosso Rio Grande, da nossa Porto Alegre, então eles liam para nós, e davam as notícias através do Correio do Povo.

Então, é um jornal que, sem dúvida nenhuma, pela sua história de 109 anos de existência, vem marcando muito a história do nosso Rio Grande, principalmente, no nosso Interior, pois não só a minha família, mas outras tantas não tinham contato com Porto Alegre. Mas o Correio do Povo nos dava condições de, uma vez por semana, - meus avós, meus pais, e muitos outros daquela região, espalhados pelo Rio Grande - entrar em contato com as notícias do nosso Rio Grande.

Por isso, colega Ver. Sebastião Melo, esta Casa, todos os anos, presta uma homenagem ao querido Correio do Povo.

A Bancada do PDT – o Vereador Isaac Ainhorn já se manifestou; falamos em nome dos Vereadores João Bosco Vaz, Nereu D’Avila, e Dr. Goulart – tem um carinho muito especial pelo Jornal, e nos sentimos orgulhosos em estarmos aqui prestando esta homenagem ao nosso Correio do Povo.

Caro Diretor, quero que S. Exa. leve o nosso fraterno abraço à grande família – desde o mais simples funcionário – do Correio do Povo, que presta um relevante serviço à nossa sociedade gaúcha. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Com muita honra falo em meu nome e em nome do Ver. Pedro Américo Leal e do nosso Líder, Ver. Beto Moesch. Gostaria, inicialmente, de cumprimentar o Ver. Sebastião Melo pela oportunidade desta homenagem.

Dr. Carlos, a grande prova da importância do Correio do Povo é justamente esta Mesa composta por autoridades que vieram somar-se à Câmara de Vereadores nesta homenagem. Isso, Dr. Carlos, é a prova cabal da importância do Correio do Povo para a nossa sociedade.

Nós queremos, em nome da Câmara de Vereadores, agradecer pelas informações que o Correio presta à sociedade com referência à Câmara de Vereadores e também pelo espaço que muitas vezes disponibiliza aos nossos Vereadores para expressar a sua opinião.

Eu me lembro quando lá em São Luiz Gonzaga recebíamos o Correio do Povo, e hoje, quando vou lá, é um dos primeiros jornais que chega à minha terra, a 525 quilômetros de distância de Porto Alegre. O Correio do Povo tem uma credibilidade muito elevada, e continua, nos seus 109 anos, a transmitir essa credibilidade.

Eu gostaria de cumprimentar os seus colunistas: Armando Burd, Flávio Alcaraz Gomes, Hiltor Mombach, Eduardo Conill, Denise Nunes, também, e especialmente, a sua Direção, a Família Bastos Ribeiro, ao Élbio Marcellus da Luz, Selvino Ziliotto e o Telmo Flor.

No início dos anos 90 eu tive a honra, Dr. Carlos, de participar do corpo de funcionários do Grupo Correio do Povo. Lá tenho grandes amigos que me honram com essa amizade, porque é uma equipe que trabalha para o bem comum, para o bem da nossa sociedade.

Eu gostaria, finalmente, de pedir a Deus que continue abençoando essa Empresa, seus colaboradores e funcionários; que ela continue a prestar elevados serviços à nossa sociedade.

Parabéns, e que os 109 anos sejam, cada vez mais, uma alavanca para um futuro cada vez mais promissor. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Luiz Braz.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Agradeço ao Ver. Luiz Braz, não só pela cedência do tempo, mas pela possibilidade de falar em seu nome sobre o aniversário do Correio.

Cumprimentando o Ver. Sebastião Melo pela iniciativa, penso ter alguma facilidade para falar do que é liderança, do que é credibilidade, do que é um novo modelo gerencial e competente, do que é falar do mais querido, do que é falar do jornal de maior circulação, do que é falar de tantos colaboradores, do Flávio Alcaraz, do Armando Burd, do Juremir, mas, especialmente, desse jovem de 109 anos, o Correio do Povo.

Lá pela década de 30, a farra da descoberta das partículas componentes do átomo desautorizavam seu próprio nome: átomo, sem divisão. Inúmeras metáforas eram disseminadas para o entendimento desse novo e admirável “brinquedo”: ora solução energética, ora artefato de destruição inimaginável, ora o elo perdido - e achado - entre o micro e macrocosmo, entre a análise e a síntese.

Uma das explicações mais didáticas para o entendimento do novo conceito foi, sem dúvida, a imagem de um arranha-céu gigantesco que, retirados todos os espaços massificantes do seu volume, teria o tamanho de um alfinete, mas o peso manter-se-ia o mesmo como resultado dessa compreensão infinita do imaginário. Era o extremo da consolidação.

Essa metáfora cabe como uma luva, adapta-se perfeitamente ao Correio do Povo de hoje: de um jornalão consolidou-se em tablóide, metamorfose que todos acompanharam. Sua solidez atual deve-se a toda uma mudança, a uma gestão em volta da sociedade da pressa.

O Correio é um produto dessa sociedade. A leitura dinâmica em suas primeiras manchetes mostra diariamente ao leitor um dos exercícios mais desafiadores aos jornalistas, em cuja capacidade de síntese teimam profissionalmente em fazer cultura, informação, deleite visual e, por que não, acelerador, enzima catalizadora de artes e negócios.

O Correio é uma exigência de seus leitores, de seus assinantes. Ágil, inteligente, discretamente condutor; invade nossas casas de manhã cedo, antes de acordarmos, como adoçante de um café da manhã servido ao nosso intelecto com seu saboroso e luxuoso conteúdo.

Essa nova idéia de jornal, escrito, decodificado rapidamente por seus leitores ao sabor das ondas de movimentos de nosso inconsciente coletivo, vai aos poucos sendo porta-voz das modificações e dos novos formatos sociais, a ele se adaptando e, muitas vezes, antecipando-se a nossas destinações, como formador, como testemunha e como participante direto de uma história tão nossa, tão instigante, tão desafiadora. Essa é uma das maiores e melhores definições, a mais moderna da comunicação impressa.

Temos, por felicidade pessoal, em nosso acervo político, a intermediação de um inspirado grupo de profissionais daquela Casa, que me sugeriram - e que transformei em lei -, a esquina da Rua da Praia, Andradas com a Rua Caldas Júnior: a "Esquina das Comunicações", pelo seu denso conteúdo aproximador de mídia das pessoas, não só os passantes, mas os circunstantes da formação e construção definitiva das opiniões de uma população que muito se orgulha de seu jornal, de seu corpo de funcionários, de seu futuro, o que faz com que cada novo movimento corresponda a um novo formato, com as décadas passando num filme interminável, e, como todos os átomos, ao consolidar-se, pode até parecer pequeno, mas no seu peso, no seu cerne, mostra um inigualável contexto de nossa saga, de um povo que se orgulha de ter no jornal Correio do Povo não somente seu porta-voz, mas a sua mais fiel imagem, seu verdadeiro espelho. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Na continuidade deste período de Grande Expediente, com muito carinho, convido a fazer seu pronunciamento o Dr. Carlos Alberto Bastos Ribeiro, Diretor Administrativo do jornal Correio do Povo.

 

O SR. CARLOS ALBERTO BASTOS RIBEIRO: Exma Srª Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Margarete Moraes. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Agradecendo a presença de todos nesta tarde, eu gostaria de agradecer também a homenagem que está sendo prestada ao jornal Correio do Povo. Quero dizer aos senhores que é com muito orgulho, com muita alegria, que aqui venho em nome da nossa Diretoria, em nome dos nossos colaboradores, em nome de todos que lá prestam o seu trabalho, receber esta homenagem.

Eu me comprometo com os senhores que, assim como há 109 anos, a nossa Empresa vai continuar dentro da sua mesma linha, dentro da sua mesma orientação, que é essencialmente valorizar a família, valorizar a democracia, valorizar a sociedade e valorizar a nossa comunidade gaúcha e porto-alegrense, sem abrir mão, em nenhum momento, dos seus princípios de independência, nos quais eu destaco a independência econômica, porque, sem ela, nenhuma empresa pode ter independência editorial.

Também me comprometo em manter a nossa filosofia de ser isenta, pluralista, defendendo todos os valores democráticos, os quais todos nós prezamos tanto.

Mais uma vez, então, quero agradecer a esta Câmara Municipal, aos seus Vereadores por esta homenagem.

Também não posso aqui deixar de lembrar as várias gerações de colaboradores que a Empresa teve e que serviram para construir a imagem de seriedade e de credibilidade que ela hoje ostenta.

O nosso compromisso é manter e consolidar, cada vez mais, essa imagem. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Mais uma vez quero cumprimentar e parabenizar o Ver. Sebastião Melo pelo mérito da sua proposta. Depois de ouvirmos 14 Vereadores, eu creio que as palavras são poucas para dizer o que significa o jornal Correio do Povo. Para mim, Dr. Carlos Ribeiro, era um pouco do mundo que chegava na minha casa, junto com a Revista do Globo, lá naquela cidadezinha, quando era criança, em Iraí.

Eu quero agradecer pela presença de todos, principalmente das autoridades componentes desta Mesa. Parabenizo o Sr. Carlos Ribeiro pela dignidade e continuidade desse belo trabalho. Muito obrigado a todos.

Suspendo os trabalhos por dois minutos para as despedidas.

Estão suspensos os trabalhos.

(Suspendem-se os trabalhos às 15h56min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes – às 15h58min): Estão reabertos os trabalhos.

Esta Presidência constata que não há quórum para a continuidade dos trabalhos. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h59min.)

 

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